sábado, 18 de abril de 2009

Atividade 6 - parte 3

Argumentação a favor de uma das questões acadêmicas sobre o texto "Considerações sobre a neutralidade da ciência" (Ra 035616)

Sobre a questão se a utilização de recursos para a pesquisa de alta tecnologia deveria ser aplicada a eliminação de problemas sociais da maioria pobre da população. Esse tema com certeza tem muita discussão e creio ser bem difícil falar que um ou o outro é melhor. No entanto, ressalvo que a pesquisa de alta tecnologia também não é exclusividade de uma pequena parcela da população, e que podemos ter a tecnologia associada ao combate à pobreza.

Como exemplo podemos citar a nova tendência da produção de notebooks de baixo custo para estudantes de países em desenvolvimento. Certamente esta ação não irá representar o fim da pobreza a curto prazo. No entanto, o acesso a informação permite que essas pessoas tenham acesso a educação, e o desenvolvimento intelectual delas seja muito maior do que antes. Isso permitiria à essas pessoas a concorrência por vagas no mercado de trabalho.

Podemos citar também o uso da tecnologia no desenvolvimento de fertilizantes mais baratos, técnicas simplificadas de irrigação, além de uma estação de tratamento de água que utiliza luz ultravioleta para matar bactérias, como sugeriu Bill Gates em novembro de 2006 em um evento na Califórnia. Medidas como essa são essenciais, já que a grande dificuldade em mudar a vida das pessoas pobres começa com a sua qualidade de vida.

O uso de recursos para a alta tecnologia não deve diminuir, entretanto, deve-se ter cada vez mais pesquisas em setores que possam modificar a vida da parcela pobre da população como saneamento básico, alimentício, entre outros.

Atiidade 6 - parte 2

Argumentação a favor de uma das questões acadêmicas sobre o texto "Variações sobre arte e ciência". (RA: 035616)

A crescente subdivisão das áreas muitas vezes é tratada como algo ruim para a maioria das profissões. No entanto, podemos ver que em muito casos essa subdivisão é benéfica para a população de um modo geral.

Vejamos por exemplo a crescente subdivisão na área da saúde. Se compararmos com algumas décadas atrás, a quantidade de especializações nas diferente frentes da medicina era mínima. Hoje temos por trás dos grandes atletas nas diferentes modalidades esportivas, especialistas cada vez mais capacitados em nutrição, preparo físico, ortopedia, psicologia. Isso faz com que as pesquisas nessas áreas sejam cada vez maiores, e que em um futuro próximo, a descoberta de novas técnicas inovadoras podem ser aplicadas a maioria da população.

Podemos citar também a subdivisão nas áreas de tecnologia e nanotecnologia. Imaginem como seria o mundo hoje sem a nanotecnologia? Ela está presente em computadores, televisores, eletrodomésticos. Apesar de termos cada vez mais profissionais estudando sobre cada vez menos assuntos, muitas vezes temos que o resultado desses estudos são de grande valor para a sociedade.

Atividade 6 - parte 1

Comentários em postagens de colegas referentes as questões acadêmicas levantadas por eles:

Texto: Variações sobre arte e ciência

Encontrei uma das questões semelhantes que levantei sobre o texto nos blogs de Licia Costa e Priscila Carrara. Os comentários estão nos links destacados.

Texto: Considerações sobre a neutralidade da ciência

Os comentários para esse texto foram feitos nos blogs:

Guilherme O.B. Biologia

Joyce Oliveira

sábado, 11 de abril de 2009

Atividade 5b - Estrutura do texto científico

Identificação dos principais elementos do texto base:

Título: "Variações sobre arte e ciência".

Autor: Octavio Ianni, foi professor-emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Resumo: O texto propõe aproximações entre ciência e arte por meio de contrastes e semelhanças reconhecíveis nessas modalidades discursivas de conhecimento, como linguagens e narrativas singulares, dotadas de características próprias, mas que freqüentemente se valem de procedimentos e recursos alheios. Busca salientar tanto os usos de recursos ficcionais pelos textos científicos, como o contrário, as valências cognitivas e mesmo a reconstrução complexa de experiências sociais pelos textos literários, articulados por uma ambição estética.

Palavras-chave: Ciência e arte; Verdade social e representação artística; Linguagens; Narrativas; Sociologia do pensamento.

Desenvolvimento: O texto é uma aula magna ministrada pelo autor. No texto autor nos mostra como a ciência e a arte muitas vezes andam ou andaram juntas na História da humanidade, e muitas vezes podia-se até confundir uma com a outra. Leonardo da Vinci, Galileu, Shakespeare são alguns exemplos que o autor cita.
A grande variedade de especialidades que se tem hoje nas diferentes áreas cria muitos problemas metodológicos, teológicos também é exposto no aula. O autor cita obras científicas onde o recurso narrativo é empregado de modo a persuadir o leitor com o ponto de vista do autor e diz que realizações científicas aproximam-se da arte literária, pois apresentam-se como narrativas.

Referências bibliográficas: As referências estão na penúltima e última página do texto em questão.

Questões Acadêmicas:
A primeira questão refere-se ao fato da crescente subdivisão da filosofia, que leva a formação de profissionais cada vez mais especializados em alguma parte da realidade ou do pensamento. Como consequência disso, temos a “tecnociência”, que continuamente relaciona o ensino e a pesquisa às vontades das organizações públicas e privadas, aperfeiçoando-as, assim como suas organizações e estruturas de dominação, reafirmando a ordem social prevalecente.

A outra questão refere-se ao fato de obras científicas escritas terem componentes artísticos, antes presentes apenas em textos literários, como figuras de linguagem, ritmo, entre outros. E do mesmo modo é possível encontrar em obras literárias muitos aspectos importantes para ciência. E dessa forma, é que algumas obras se tornam marcantes, clássicas, pois foram capazes de perceber situações reais ou imaginária antes que todos ou a maioria sequer tenham notado a sua existência.

Atividade 5a - Estrutura do texto científico

Identificação dos principais elementos do texto base:

Os elementos apresentados a seguir aparecem logo na primeira página do texto.

Título: "Considerações sobre a neutralidade da ciência".

Autor: Marcos Barbosa de Oliveira, professor associado na Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo.

Resumo: O texto apresenta uma discussão da tese da neutralidade da ciência, tomando como ponto de partida algumas formulações dos Parâmetros Curriculares Nacionais. A neutralidade é analisada em três componentes: a imparcialidade, a neutralidade aplicada e a neutralidade cognitiva. Procura-se mostrar que, para não se cair no relativismo, a imparcialidade deve ser mantida, mas a neutralidade aplicada não se sustenta, nem como fato nem como valor.

Palavras-chave: Ciência; tecnologia; neutralidade; relativismo; imparcialidade; Lacey.

Introdução: O tema do texto é a neutralidade da ciência. Segundo o autor, o texto trará apenas algumas considerações, sumárias e parciais sobre o tema, não pretendendo discutir o tema detalhadamente, visto ser um tema muito vasto.

Desenvolvimento: O texto não se divide em capítulos, item ou sub-itens e baseia-se em considerações próprias do autor, tendo sua fundamentação para algumas considerações, autores com publicações sobre o tema tratado.
A argumentação do texto tem nos Parâmetros Curriculares Nacionais o ponto de partida a respeito da neutralidade da ciência e seus requisitos. O primeiro requisito diz que a tese deve incorporar o espírito crítico em relação ao papel social da ciência, e o segundo requisito diz ela não pode implicar de forma alguma em relativismos de qualquer tipo.
O autor define o conceito de imparcialidade, valendo-se da definição de Hugh Lacey sobre valores cognitivos e não-cognitivos, como o uso exclusivo de valores cognitivos na seleção de teorias.

Referências bibliográficas: Constam na última página do artigo.

Questões acadêmicas
Uma das questões citadas no texto diz respeito a utilização da bomba atômica durante a segunda guerra mundial. "A tática consistia em alegar que a ciência é neutra; é a sociedade que a pode usar para o bem ou para o mal. Este argumento da neutralidade tornou-se a principal defesa da ciência durante as décadas de 50 e 60; e permitiu que muitos cientistas trabalhassem em física atômica, até mesmo aceitando financiamentos de órgãos militares, sem que deixassem de se considerar politicamente radicais. (Sardar, 2000, p.13-4)". Este trecho relata que qualquer artefato produzido pelo ser humano pode ser usado para o bem ou para o mal.

Uma outra questão seria a de que muitos recursos são utilizados na pesquisa de alta tecnologia, que muitas vezes só podem ser aplicados ou são acessíveis a uma pequena parcela da população, não poderiam ter uma maior eficaácia se aplicados na eliminação de problemas sociais da grande maioria pobre da população.